Nos últimos anos, imagens criadas por IA (inteligência artificial) ganharam popularidade em redes sociais, campanhas publicitárias e até notícias. Mas será que conseguimos identificar o que é real e o que foi produzido por uma máquina? A resposta pode surpreender.
Por que é tão difícil diferenciar?
Segundo um estudo da Microsoft, as pessoas acertam em média 62% das vezes ao tentar distinguir uma foto real de uma imagem criada por IA; quase o mesmo que jogar cara ou coroa. Já os detectores automáticos de IA conseguem atingir 95% ou mais de precisão. Ou seja: nossa intuição falha, mas os algoritmos avançados conseguem captar padrões invisíveis para o olho humano.
As melhores ferramentas de detecção
Diversos sites já testaram e compararam ferramentas, entre eles o portal DDIY.co, que destacou opções como:
- BrandWell: algoritmos avançados de análise de pixels
- AI Or Not: simples e direto, voltado para o público geral
- Illuminarty: especializado em deepfakes e imagens realistas
- Huggingface Detector: voltado para desenvolvedores e pesquisa
- Foto Forensics: análise mais técnica, com camadas de metadados
Além disso, o pesquisador Vili Meriläinen testou os 8 principais detectores de imagens IA de 2025 e concluiu que apenas um deles realmente vale a pena para uso prático. O artigo completo está no Medium.
3 sinais comuns em imagens de IA
Mesmo sem ferramentas, alguns indícios podem levantar suspeita:
- Detalhes perfeitos demais: superfícies lisas e impecáveis, sem imperfeições naturais.
- Padrões estranhos: objetos duplicados, sombras incoerentes, mãos deformadas.
- Textos ilegíveis: em imagens com letreiros ou placas, o texto quase sempre sai borrado ou incoerente.
Como se proteger
- Use detectores confiáveis: combine mais de uma ferramenta.
- Questione a fonte: de onde vem a imagem? Há provas de autenticidade?
- Acompanhe o debate: iniciativas como Content Credentials (C2PA) estão criando padrões de “assinatura digital” para dar mais transparência.
Conclusão
O avanço da IA traz oportunidades incríveis, mas também aumenta os riscos de manipulação. Em um mundo onde “ver para crer” já não basta, aprender a usar detectores e desconfiar de imagens perfeitas demais é essencial.
* Thumbnail: imagem da direita gerada pelo Gemini.